terça-feira, 24 de março de 2015

E Nada Acontece ! Mais por que?



Iniciamos 2015 com um cenário econômico fragilizado, com incertezas, e com planejamento focado em redução de investimentos em expansão e novas tecnologias adotando uma política de redução de custos operacionais; Porém estamos fechando o primeiro quartil do ano e nada acontece! Mais por quê?  Observo que este processo não é peculiar de uma ou outra organização, verifico que neste momento inicia-se pelos corredores que o discurso das justificativas já começa a ser lapidado e todos entrando num processo de auto-engano.

Isso mesmo!! Somente . . . um bom planejamento nem sempre é suficiente para que as coisas aconteçam, temos que acompanhar, garantindo que esse processo seja transformado em ações, suportar provendo recursos operacionais (máquinas, equipamentos, sistemas etc.) e, principalmente, que a informação de tudo o que está acontecendo seja comunicado ás pessoas, junto com muito diálogo envolvendo toda a equipe.

Fato é, que a falta de acompanhamento através do diálogo construtivo ou do conhecimento de como realizar um diálogo construtivo, pode levar todo um planejamento não acontecer.

A falta do diálogo no modelo construtivo pode gerar no time uma sensação de que não existe uma coerência entre o discurso do plano (planejamento) e a prática, passa a impressão que ninguém sabe direito o que fazer, e também que ninguém leva nada a sério e ai as coisas simplesmente não acontecem!

A vida me ensinou que o diálogo construtivo é aquele que realizamos sempre em local privado e consiste de três tópicos:

     1 - Exponha o fato / atitude;
2 - O que tal fato / atitude gerou (reação) a organização (time, uma certa pessoa);
3 -  Ofereça um modo ou meio de como evitar tal fato / atitude.

O diálogo construtivo garante que as pessoas certas estejam nos lugares certos para que as ações sejam concretizadas, além de auxiliar na formação de talentos, avaliar as pessoas e motivar as pessoas com o processo de recompensa em função da execução.

Aqui ficou uma dica para você se preparar e sair na frente, o básico está aqui, se necessitar de algo mais entre em contato conosco. Até !!!

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Luiz Carlos Teixeira – Executivo Sênior e Consultor em Sistemas da  Qualidade, ISO e Black Belt Lean Six Sigma

segunda-feira, 16 de março de 2015

Lean Thinking na construção civil – Uma visão estratégica





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Pais hoje em transformação, e em todos os sentidos... ainda precisamos crescer, e a construção civil é uma atividade muito importante dentro da nossa economia.

Uma das grandes dificuldades encontradas no gerenciamento da construção civil no Brasil está relacionada à baixa produtividade.... e a muito desperdício!

Justificamos essa baixa produtividade com: dificuldades na contratação de mão de obra qualificada, planejamento inadequado, pouco controle dos processos da qualidade aplicados à construção ou mesmo a combinação de todos esses fatores.

Também podemos falar de outros fatores como problemas com abastecimento, a falta de espaço para estoque de materiais e as dificuldades de acesso a obra, que também contribuem para que haja gargalos e interrupções no andamento do trabalho.

A baixa produtividade, como consequência dos fatores acima mencionados, tem a sua origem na geração do planejamento, no qual as atividades são realizadas de forma que possuam prazos independentes e são desbalanceadas entre si, e isso leva a interrupção do andamento do trabalho, resultando esperas e acumulo de serviços concluídos, formando um gargalo nesse sistema produtivo.

É usual adotar para o problema da baixa produtividade a solução convencional, tendo como base o gerenciamento da obra, onde essa solução propõe igualar tempos de produção em cada uma das fases do processo, como ocorre na indústria.

Devemos observar que em um sistema de produção industrial há possibilidade de se fazer um ajuste técnico nas máquinas caso tenha a necessidade de aumentar a produtividade, o que não ocorre na construção civil.

Esta limitação no processo de gestão, leva o processo a uma falta de flexibilidade na execução das etapas da construção, onde cada atividade é realizada de forma isolada. Esse isolamento faz com que uma determinada atividade tenha que ser terminada para que a etapa seguinte seja iniciada.

Uma alternativa para os problemas decorrentes da baixa produtividade seria a utilização dos conceitos Lean Tkinking. Na construção “Lean” o foco é diminuir o gerenciamento de etapas isoladas da obra para enfatizar o planejamento de todo o processo construtivo, por meio do mapeamento do fluxo de atividades.

 “Lean Construction” ou Construção Enxuta é um termo adotado para designar a aplicação dos conceitos e princípios do “Lean Manufacturing” (Produção Enxuta), na construção civil.

Os conceitos de produção enxuta surgiram por volta da década de 50, tendo sua origem na indústria automobilística quando Taiichi Ohno e Shingeo Shingo começaram a pensar em novas formas de gerenciar a produção da indústria automobilística, mais precisamente, na Toyota Motor Company.

Em reformulação ao modo de produção da Ford Motors, e em meio à Segunda Guerra Mundial, a Toyota se destacou pelo seu novo Sistema de Gestão, que ficou conhecido como Sistema Toyota de Produção (STP). Essa iniciativa mudou os paradigmas da administração da produção, trazendo à tona ideias simples e inovadoras, baseadas em um objetivo em comum: aumentar a eficiência da produção pela eliminação consistente e completa de desperdícios.

No intuito de adaptar as novas formas de gerenciamento da produção do STP à indústria da construção civil, um pesquisador finlandês chamado Lauri Koskela buscou fundamentar uma teoria que contemplasse tais conceitos, chamando-a de “Lean Construction”.

Deve-se ressaltar que a grande mudança inserida pela construção enxuta é essencialmente conceitual, ou seja, no modo como os processos são compreendidos.

A consequência deste tipo de solução é fazer com que haja a quebra de isolamento das sequências de atividades na obra, gerando um ritmo de aproveitamento de espaço, mão de obra e tempo.

A abordagem lean na construção civil visa sequenciar as atividades de forma cadenciada e no mesmo ritmo (takt time), como uma cadeia de “Supply Chain”, e ainda mais buscando ser uma cadeia “puxadora” e não “empurradora”.

Como ocorreu na indústria automobilística, essa solução para a construção civil tem um tempo de adaptação (treinamento) e necessita de um investimento inicial.

Executar obras civis dentro de prazos estabelecidos e dos custos previstos, atender à qualidade especificada e satisfazer às expectativas dos acionistas e clientes são indicadores de sucesso no gerenciamento.

E isso é possível!!

Precisamos pensar e investir em métodos comprovadamente vencedores, já experimentados e comprovados em outras áreas de negócios.

O “Lean Construction” é uma ferramenta poderosa, que pode gerar melhorias significativas no desempenho das organizações voltadas para esse ramo. Não podemos perder esse momento J.

Fica aqui mais um pouco sobre o Lean para você se atualizar e pensar como podemos ter atitudes que mudam o que está ao nosso redor, e se necessitar de algo mais entre em contato conosco. Até !!!

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Hilton Froldi Junior – Profissional Sênior de Supply Chain – Consultor na TI2H Associados – 19 99269-1171




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I

sábado, 7 de março de 2015

Programa de Sugestões, será o momento?






Olá!

Em tempos de dificuldades usar a criatividade é uma necessidade.

Uma das iniciativas mais conhecidas para geração de ideias são os programas de Caixa de Sugestões. Para mim é uma ferramenta interessante para melhorar a qualidade, que caminha com a colaboração de toda organização, com a vantagem da facilidade e qualidade de comunicação, tendo o PDCA como metodologia central.

Na maioria das vezes o programa é recebido com grande entusiasmo, criando expectativas de extraordinárias melhorias e economias para a organização, e os trabalhadores sonham com possibilidades de prêmios (existem organizações que investem em prêmios grandes) e reconhecimento de seus talentos e criatividade.

Porém, já encontrei em muitas organizações caixas abandonadas e poeirentas, pessoas decepcionadas, que testemunham uma boa intenção que não vingou...

E por que não vingou?

As causas principais dos fracassos dos programas de sugestões são a falta de foco e de uma estratégia para promover e direcionar a criatividade da força de trabalho....

É necessário ter um olhar para direcionar as ideias e entender como realmente funciona a motivação;

De acordo com um ranking de empreendedorismo corporativo (2006), realizado pelo IBIE (Instituto Brasileiro de Intra-empreendedorismo) os fatores apontados pelos colaboradores que mais estimulam a inovação nas empresas não é o aumento de salário ou promoção de cargos. O fator mais apontado pelos colaboradores é a satisfação pessoal, ou seja, as pessoas dão ideias em função de se sentirem úteis e capazes de propor melhorias.

E de acordo com essa mesma fonte, os fatores que mais estimulam a inovação nas empresas são: Satisfação Pessoal: 34%; Contribuição para a imagem e o crescimento da empresa: 22%; Possibilidade de facilitar o próprio trabalho: 17%; Reconhecimento Moral dos Chefes e colegas: 12%; Aumento de Salário: 9%; Promoção de Cargo: 6%.

Pelo que vimos acima a gestão desses programas deve se preocupar com o valor das pessoas, e todas as ideias devem ser tratadas com metodologia.

Uma atividade importante durante esse processo é o “feedback”... toda ideia deve ser tratada de forma igual, e se ela não for aproveitada pela organização, por qualquer motivo, o “dono” da ideia deve ter uma resposta para a não utilização dela. Assim, ele não ficará decepcionado e com certeza continuará a participar.

Agora já sabemos o que motiva e o que mais necessitamos?

Devemos cuidar para que a criatividade seja realmente aplicada na solução destes problemas e na busca de novas oportunidades interessantes e importantes.

 Existem alguns meios de se para se chegar nesse objetivo:

1. O foco da inovação deverá ser mudada de reativa para proativa
Ao invés de esperar por ideias que poderão aparecer, a organização deverá ser proativa e compartilhar com as pessoas os temas específicos elas devem poderão ajudar. Esses temas poderão refletir as preocupações mais urgentes, atuais e importantes, tais como: redução de desperdícios, atrasos e reclamações; melhoria da qualidade e da produtividade;
Programas de sugestões dessa forma podem ter tempo de duração definido, não caindo no marasmo e podendo ser renovado com novos temas.
2. Direcione a criatividade
Coloque energia nos desafios e oportunidades mais importantes (aqui um BSC atualizado ajuda muito). Estabeleça quais os Problemas, Oportunidades, Ameaças e Tendências específicas a organização quer melhorar, e tente traduzir para estes desafios e oportunidades em ações diretamente ligadas ao dia a dia dos trabalhadores;
3. Motive sua equipe
Equipe informada é equipe motivada!
Informe sua equipe quais são os principais desafios que a empresa enfrenta e que tipos de mudanças ela precisa fazer para se manter competitiva e lucrativa. Explique as razões de cada tema escolhido e por que a empresa necessita de ideias inovadoras nestes temas.
Combine como essas ideias serão avaliadas e como as melhores serão implementadas e premiadas. O que é combinado não é errado!
4. Prepare sua equipe
Crie as habilidades necessárias para essas tarefas, a criatividade pode e deve ser aprimorada.
Entusiasmo e boa vontade não são suficientes para vencer as barreiras culturais, é necessário abandonar os velhos hábitos e superar as deficiências na análise e solução de problemas, e ai temos ferramentas interessantes como o Coaching e o aprendizado de boas ferramentas, além do Brainstorming.
Arme sua equipe com as ferramentas básicas de criatividade e solução criativa de problemas e, se possível, escolha e treine facilitadores que poderão apoiar as equipes no uso destas ferramentas.
Bom, se buscamos ideias inovadoras, práticas e com baixo custo, é necessário se preparar para “olhar com olhar de ver”!

Os fatores que mais atrapalham a inovação nas empresas, de acordo com a mesma fonte citada acima, são: Ausência de políticas de reconhecimento e recompensa :25%; Falta de comprometimento das pessoas: 22%; Falta de incentivo de chefes e colegas: 21%; Despreparo e desinteresse dos funcionários: 16%, Escassez de recursos:16%.

Aqui está em números o comentário sobre a importância do  “feedback” e o olhar humano sobre as necessidades de atenção que todo mundo necessita.

Para se obter sucesso na implantação de um programa de Caixa de Sugestões Gifford Pinchot estabelece 10 Mandamentos:
1) Forme uma boa equipe. Intra-empreendedorismo não é uma atividade solitária;
2) Compartilhe o mais amplamente possível as recompensas;
3) Solicite aconselhamento antes de pedir recursos;
4) É melhor prometer pouco e realizar em excesso;
5) Faça o trabalho necessário para atingir o seu sonho, independentemente de sua descrição de cargo, e compartilhe esse sentimento com todos;
6) Lembre-se de que é mais fácil pedir perdão do que pedir permissão;
7) Tenha sempre em mente os interesses de sua organização e dos clientes, especialmente quando você tiver que quebrar alguma regra ou evitar a burocracia;
8) Seja leal a suas metas, mas realista quanto ás maneiras de atingi-las;
9) Honre e eduque seus patrocinadores;
10) Gere empatia e conforto.

Participei durante minha vida profissional de alguns projetos de implantação e manutenção de caixa de soluções, e foi muito prazeroso participar dos grupos de análises e dar retornos do que gerou coisas positivas e motivar os parceiros a gerar mais ideias.

Esse assunto é interessante ... ver pessoas motivadas é muito bom!!
.. e nos colocamos á disposição!

Vamos á luta!





Irani Faria Franco – Coach e Especialista Master Black Belt Lean Six Sigma - TI2H Associados